domingo, 28 de junho de 2009

TRASLADO

traslado



Infância...
sem esperança.
Judiada, maltratada
Molestada...
Infância danificada.

Adolescência...
Sem decência.
Sem querer, sem vontade
Medo da liberdade...
Sentindo-me ainda agrilhoada
À criança machucada.

Adulta...
Formando uma corrente
De mãos dadas a mim mesma


Eu semente
Eu demente
Eu descrente.
Não sou bicho
Nem sou gente.

Cada parte de mim
Forma um elo sem fim...
Um fio condutor
Que do presente
Ao passado
Faz do meu corpo um traslado.
Nos volteios dessa vida
Tenho muito a agradecer
Ainda estou viva...
Mas sem vontade de viver
Ladeada de tristeza
Tenho medo de morrer
O pior de tudo isso
É esquecer o compromisso
Sem dar conta e sem dar fé
Que por tudo que passei
Eu ainda estou em pé.
Queria voltar pra mim
Esquecer começo
Viver o meio
E não pensar no fim!

É... EU QUERIA SER ASSIM!
ILUMINADA, FELIZ, E PRINCIPALMENTE SABER
QUE PROBLEMAS A GENTE CRIA...
DEPOIS NÃO SABE RESOLVER...

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